Autor: Alex Andrade
Aluno de graduação do
curso de Serviço do Social Faculdade Católica Nossa Senhora Das Vitórias.
lex192m@gmail.com
Coautor : Ramon
Rebouças Nolasco de Oliveira
Mestre em Ciências
Sociais e Humanas, pelo Programa de Ciências Sociais e Humanas da UERN (2014).
ramonreboucas@yahoo.com.br
Introdução: O debate acerca de depredação de patrimônio
público/privado é polêmico e reflete diretamente à iniciativa de ir às ruas e
manifestar e/ou protestar. O que se pretende é compreender as reais motivações
explícitas/implícitas nos atos tachados de “vandalismos”. O tema é controverso e há uma
massiva tendência em repudiar sem observar, apreender/aprender com os fatos. Objetivos: Fazer resgate teórico da
temática para assimilar a atualidade.
Metodologia: Abordagem teórica e
histórica sobre manifestações, políticas populares, violência símbolos e poder. Resultados/discussões: Negam-se fatos
históricos de formatação da nação e do mundo quando se apenas condenam os que
promovem danos de um patrimônio. Há questões simbólicas e representativas
quando se danifica o vidro de uma instituição financeira ou quando se ocupa um
prédio público. Hobsbawm (1996) afirma que em tempo de revoluções nada é mais
poderoso do que a queda dos símbolos (a queda da Bastilha simbolizou o
marco da revolução francesa). Jung, ao falar de arquétipos
disse que estes estão representados nos símbolos e que “estes símbolos podem
ter
um sentido positivo, favorável, ou negativo e nefasto” (JUNG 2000 p. 92). No caso, os prédios são símbolos do poder econômico e
político, representações de um arquétipo do mal,
da
opressão, da dominação econômica e política.
Marx elucida a sociedade capitalista afirmando
que “A sociedade toda cinde-se, cada vez mais, em dois grandes campos inimigos, em duas grandes classes que diretamente
se enfrentam: burguesia e proletariado
[...]” (MARX 1997, p.33). Conclusão:
Existem outras formas de expressões
implícitas, não se tratando de, meramente, uma violência física, mas
de uma declaração de morte àquilo que simbolizam as estruturas danificadas. A
origem desse tipo de “violência” deita raízes que penetram além do ato de
depredação, sendo possível justificar essas ações no vilipêndio cotidiano que a
população mobilizada sofre através da violação de seus direitos fundamentais. Como já dizia José Dartino, mais conhecido como profeta gentileza: "Gentileza gera Gentileza", só que nesse caso é: "Violência gera Violência".
Palavras Chaves: Patrimônio.
Manifestações. Símbolos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário